BLOG DO CUCA

Centro de Umbanda Caminhos de Aruanda (CUCA) localizado na cidade do Rio de Janeiro, na rua eng. Mário de Carvalho, 135- Vicente de Carvalho (próximo ao metrô de Vicente de Carvalho), com sessões (consultas com caboclos pretos velhos) às quartas, a partir das 19:00 horas, e aos sábados, a partir das 18 horas. TODOS OS NOSSOS ATENDIMENTOS SÃO GRATUITOS. O intuito deste blog é trazer informações acerca do CUCA e da Umbanda, mostrando nosso dia-a-dia.

2.9.10

Filosofando...

 Esta semana que se passou, tivemos compromissos diversos. Dentre tantos, um deles era conhecer o local candidato a ser a nossa próxima sessão de cachoeira. Um domingo muito aprazível, ensoladorado.

Como o local é bastante distante, fomos bem cedo a fim de aproveitar ao máximo o passeio. E durante a viagem, conversávamos sobre religiaão, as oportunidades perdidas, as provas que muitas vezes se apresentam, dificultando ainda mais a nossa trajetória no bem. Falávamos dos exemplos constantes dos Pretos-velhos, que ensinam paciência e resignação. Trazem em seus conselhos metáforas simples, do dia a dia, mas com uma sabedoria sem igual. Conseguem tirar de situações rotineiras ensinamentos profundos, que estão ali para serem colhidos, mas que por diversos fatores nós nem enxergamos.

Em certo momento da viagem, tivemos de reduzir a marcha do carro para passar sobre a linha do trem. De repente, olhamos para a placa que fica ao lado dos trilhos e um ensinamento estava lá, prontinho para ser degustado. Prestem atenção na placa:



 De fato, as vezes durante a vida precisamos do alerta que esta placa faz:"Pare; Olhe; Escute".  O afã da vida moderna, a ansiedade pela busca da conquista material, os relacionamentos conturbados, normalmente regados a impulsividade, impaciência e intolerância, faz com que rodemos como um pião sobre nós mesmos achando que estamos andando, mas na verdade sequer saímos do lugar. Não  temos a serenidade nem praticamos o silêncio espiritual que a vida exige. É preciso, por vezes, se não sempre, parar, olhar à nossa volta, escutar o que o outros têm a nos dizer e oferecer. Senão, seremos trens sem freios, descarrilados. A consequência desse tipo de atitude não será surpresa para ninguém.

A Umbanda é feita de metáforas, parábolas, situações recheadas de ensinamentos. Ela nos oferece tudo isso, mas é preciso ter ouvidos para ouvir e olhos para ver, tal qual esta placa. Senão, passará despercebida.

Como andam seus ouvidos e olhos para a Umbanda?

Paz e bem a todos!

18.6.10

Do que a Umbanda precisa?

Ultimamente, tenho recebido a inconveniente visita da insônia. Agora vejo o quanto é desagradável ter de dormir e não ter o elemento essencial do ato - o sono. Vai dando um desespero ver o relógio não ter piedade de você e trabalhar incansavelmente para que a madrugada se acabe e um novo dia se estabeleça. 
O que fazer nessa hora? Bom, depois de algumas receitas caseiras (inócuas, por sinal) e trocar de decúbito incontáveis vezes na cama, resolvi não brigar com o tempo, e sim ser seu aliado. Comecei a navegar pela internet e li textos sobre Umbanda maravilhosos, que me fizeram pensar se realmente vale a pena eu escrever novos textos, sem qualquer brilhantismo, ou divulgar esses achados pela internet.
Ainda sem ter a resposta para esse questionamento, de qualquer forma transcreverei um texto de Rodrigo Queiroz que me fez pensar bastante (isso às 4 horas da matina).
Ei-lo:

Por Rodrigo Queiroz

Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.
Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples:
“ – Do que a Umbanda precisa?”
E assim um a um foram respondendo:
“- Mais união...”
“ – Mais estudo...”
“ – Mais divulgação...”
“ – Mais respeito...”
“ – Mais reconhecimento...”
Mais, mais e mais...

Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:

“ – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!”
Silêncio repentino no ambiente.
Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.

Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:
“É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.
Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.
Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.
Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe.
Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.
Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer.
Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.
Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.
Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.
Quando a Umbanda agregar em seu interior mais Filhos que qualquer outra coisa, estas necessidades que vocês tanto apontam como união, respeito, educação, ética, enfim, não existirão, pois isto só existe naqueles que não são Filhos de fato.
Tenham uma boa noite, meus filhos!”
Pai João pitou mais uma vez e desincorporou.
Diante dele, seus filhos, com olhos marejados, rosto rubro, agradeciam a lição.

Saravá a Umbanda, salve a sabedoria, salve os Pretos Velhos."

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Nada mais a acrescentar...


Paz e bem a todos!

19.4.10

A benção, meus pretos velhos!

     Durante boa parte da minha trajetória espiritual, aprendi a não “rezar” como haviam me ensinado. Aprendi desde cedo que os espíritos são, acima de tudo, nossos amigos invisíveis, intangíveis, mas sempre por perto nos escutando. E como amigos que são, por óbvio tem-se o respeito, mas as formalidades são dispensáveis. E nessas “orações” com os nossos amigos, por vezes pedia – e ainda peço muito – que me orientassem, que dessem “opiniões”, não sobre as questões materiais, mas pela minha conduta espiritual. Algumas vezes peço que me orientem como agir em determinada situação ou de que forma mostrar para alguém um caminho diferente daquele no qual está traçando.

     Pois bem. Nos últimos tempos, tinha notado que determinada pessoa, ou para ser mais exato, um grupo de pessoas, estava se distanciando de um irmão que nutro um sentimento de carinho muito grande, e via que essa distância se dava porque esse irmão estava completamente desequilibrado, nervoso e irritadiço, a ponto das pessoas não se sentirem bem ao seu lado. Tentei, inúmeras vezes, iniciar uma conversa para que ele compreendesse a situação, mas não conseguia alcançar, nem de perto, qualquer vitória.

     Então, recorri aos amigos de todas as horas. Rezei pedindo esclarecimentos a esse irmão e que eu pudesse de alguma forma mostrá-lo o prejuízo que ele próprio estava causando. E nada de respostas... passaram-se duas, três semanas. Mas não esmoreci. Continuei pedindo. Até que um dia, passados mais de 2 meses (vejam só que tempo!!), um preto velho me chama e traz a resposta através de uma parábola linda:

     - Meu filho, quando estive entre vocês, onde eu ficava tinha um rio muito limpo. E havia nele muitos peixes, de todas as cores e tamanhos. Com certeza os peixes ali estavam porque a água era límpida e propícia para aquele bailar da natureza. Só que um dia, por motivos outros, o rio ficou sujo. Todos os peixes que nadavam alegremente em seus braços, ou morreram ou foram buscar em outras águas o ambiente ideal para sobrevivência.

     Nesse momento ele para, respira, pega seu cachimbo, enche de fumo e, acendendo-o, retorna ensinando:

     - Será que os peixes merecem ser culpados por terem deixado aquelas águas? Ou será que foram as águas do rio que impossibilitaram, obrigando-os a sair ?

     Respondi que se havia algum responsável, com certeza era a sujeira das águas. Então, ele retorna a conversa, mas com o desvendar do ensinamento:

     - Assim são todos os meus filhos de terra. Querem os amigos sempre fiéis, os parentes bem próximos e exigem presença constante de todos, trazendo alegria e amor. Mas esquecem que para esses “peixes belos” nadarem, é necessário um ambiente espiritual limpo. É preciso que eles tenham prazer em estar ao lado de cada um. Meus filhos estão sempre maldizendo a vida, reclamando da caminhada, chorando pelas provações que Pai Oxalá os oferta. Com isso, o “rio mental” desses filhos se tornam tão sujos que ninguém mais quer ficar perto. Acabam se distanciando, procurandos por novas águas. A responsabilidade, meu filho, continua não sendo dos “peixes”, mas da “água” que os banha.

     Aquelas palavras tocaram profundamente meu coração. Primeiro pela sabedoria daquela entidade tão humilde, mas tão sábia, como são todos os pretos velhos. Depois, por conseguir tocar tão a fundo meu coração. Naquele momento, pensava no irmão daquela situação descrita acima, mas me coloquei como sendo eu a pessoa que por vezes sujo meu ambiente espiritual a ponto de afastar as pessoas. E quantas vezes culpei as pessoas de se afastarem de mim. Depois daquela conversa, daquele vendaval de sabedoria, aprendi um pouco mais a como trilhar melhor minha conduta, e ao mesmo tempo observei a beleza da nossa religião. Uma Umbanda de ensinamento, de amor, de melhora da nossa condição moral. Essa Umbanda que pregamos no CUCA e que sempre será defendida.

     A bênção, meus pretos velhos!
     Paz e bem a todos!

1.4.10

Entre prótons e nêutrons, salvem Deus!

O fim da casualidade foi decretado esta semana. Por muito tempo, os críticos do ideal religioso sempre levantaram a bandeira do fator casual para explicar que não acreditam num ser superior capaz de criar o mundo, o universo e todas as coisas conhecidas e até desconhecidas. Simplesmente, as coisas aconteceram fruto dos movimentos involuntários das matérias do universo e assim, de choque em choque e de explosão em explosão, BOOOM! Um big-bang gerou as coisas do universo e os prótons, nêutrons, e etc, etc continuaram sua briga cósmica gerando SOL, planetas e até a vida. Em geral, nenhuma tradição religiosa no mundo consegue ser tão resumida como essa sinopse de criação do universo ateu.


Justamente essa semana, cientistas de toda a parte do mundo conseguiram “recriar” na Europa, em pequena escala, a colisão entre prótons que simularam a tal grande explosão geradora do universo. A despeito do incrível potencial científico desse experimento, já que os desdobramentos e subprodutos dessa explosão possuem incríveis potenciais de estudo sobre novas matérias e evolução das coisas do mundo, a impressa tenta reacender a polêmica religião x ciência. Essa briga antiga começou há muito tempo e muitos cientistas (também religiosos) como Galileu, Darwin, Einstein e outros tantos tiveram que se explicar, o que para muitos que vieram depois, pareceu uma intromissão religiosa em assuntos da ciência, que na prática é atéia.

Sendo a ciência fundamentalmente atéia, não possui motivação para reativar qualquer intriga entre ciência e religiões, pois não sendo crente a qualquer filosofia religiosa, a ciência tampouco se ocupa em comprovar ou negar se Deus existe, ela apenas se baseia em experiências. O resto do mundo é que surfa na notícia procurando o que polemizar. Polemiza-se tanto, que poucos se ocupam em pensar na idéia por trás da notícia: A ciência e religião não são inimigas e no final quase sempre se comprovam mutuamente, cada qual com sua alegoria específica sobre a criação do mundo, e assim, desde muitos séculos nenhuma religião afirma que a Terra é o centro do universo, outras tantas levam em consideração a evolução das espécies de acordo com fase evolucionária da alma humana e, para ambos, o universo é infinito ao impensável e continua se expandindo. Por isso, uma nova barreira do ateísmo caiu, já que a explosão do universo conseguiu ser reproduzida, o que não indica que Deus não a criou, ou que ele não existe, apenas demonstra que tal colisão é tão rara que precisa de uma forcinha para acontecer (nada casual). Afinal, não é tão ordinário ouvir sobre big-bangs por aí e provavelmente nem sua avó vai lembrar-se de algum dia ter ouvido falar de um.

Assim, graças ao nosso momento evolucionário, conseguimos aproximar religião e ciência e, em breve, outras tantas teorias serão reunidas e se comprovarão mutuamente; o Kardecismo, amplamente baseado na experimentação cientifica, está repleto de teorias explicadas sobre os espíritos sobre matéria densas e mais etéreas que cercam o universo e são moldadas para a criação das coisas, exatamente o primeiro passo que a humanidade deu na Europa. No Livro dos Médiuns, por exemplo, o sopro divino é descrito amplamente pela sua capacidade de dar vida à matéria, o que os cientistas hoje nomeiam (de partícula) de bóson de Higgs. O bóson seria o responsável por dotar de massa tudo o que existe no Universo, transformando gases em galáxias, estrelas e planetas. A partícula também possibilitaria o surgimento da vida na Terra e, talvez, em outros locais do cosmos. Quem primeiramente teorizou sobre essa partícula foi o escocês Peter Higgs em 1964!!! Quem viver verá e não se olvidem em rever os conceitos. Não há necessidade de apostar as fichas na ciência ou na religião, apenas lembrem-se: Essa briga é boa!!!

25.3.10

Um dia de desenvolvimento diferente...

     Nessa segunda-feira que passou, dia de desenvolvimento mediúnico no centro, fomos "convocados" pelo seu Tranca Rua, para uma conversa. Assim que iniciou-se o trabalho, todos ficaram colocados à  frente dele e da Dona Cigana ...e durante quase 3 horas ouvimos muito... mas não ouvimos bronca, ameaças, palavrões (coisa que não se escuta dele), nem tampouco assuntos relacionados a situações terrenas. O que foi passado foi uma aula de conduta mediúnica e postura ética dentro de um centro de Umbanda e da vida como um todo.


     Ao iniciar a conversa, sentíamos nitidamente a presença de todos os exus que trabalham na casa auxiliando naquele momento. A atmosfera era de respeito, seriedade, mas não estava com um ar "pesado" como de um empregado que se coloca na frente do chefe para ouvir as críticas do seu trabalho. O que foi passado, por vezes é batido constantemente nas conversas, mas da forma que foi colocado, é para não se esquecer.


     O que os exus dirigentes da casa queriam era chamar a nossa responsabilidade enquanto médiuns. Esquecemos, não raro, que SOMOS MÉDIUNS 24 horas por dia, e que esse "link" com as entidades não deve ser feito apenas no terreiro, na hora da oração. Aliás, o que faz essa ligação ser bem sucedida é a conduta que temos durante o nosso dia, e não dentro do terreiro.


     Escutamos, de cabeça baixa, que normalmente procuramos quando precisamos, mas tão logo a resposta é dada, viramos as costas para eles. E que a carência que reclamamos é fruto dos nossos atos, pensamentos e atitudes. Falta GRATIDÃO com a casa e com as entidades. Muitos ali chegaram e nada tinham. E assim que foram tratados, abandonaram a responsabilidade.


     A palavra gratidão me marcou muito... porque exu é, por definição, leal. Lealdade e gratidão são características inatas a todos esses trabalhadores, ao ponto de Dona Cigana dizer que, pela sua "menina", ela é capaz de dar passos para trás só para defendê-la. Não há lealdade maior que essa.. de deixar de pensar em si para cumprir, com lealdade, aquilo que lhe foi designado. E isso acontece com toda essa falange. E o que damos a eles em troca? Essa foi a pegunta central deixada por seu Tranca Rua. Os abandonamos, mas NUNCA somos abandonados. E esse "abandonar" não significa deixar de pensar neles. Pensamos sempre, talvez. E quem sabe até pedimos e agradecemos por tudo. Mas abandonar, para eles, é não seguir com lealdade, gratidão, JUSTIÇA, amor e fé. De que adianta levantar, pela manhã, agradecendo pelo dia que se inicia, mas logo após discute com alguém, é maledicente no trabalho, impaciente com o pedinte e faz intriga dentro do centro? ISSO É ABANDONAR!


     Nós, médiuns de Umbanda, temos o privilégio que talvez NENHUMA outra religião possui: o contato direto, diário com as entidades espirituais. Poderíamos sanar todas as nossas dúvidas, nos colocarmos à frente da entidade e perguntar o que é a espiritualidade, como ela se traduz, as histórias e ensinamentos daquele espírito. Mas jogamos fora essa oportunidade perguntando se conseguiremos trocar de carro ou se no trabalho o ambiente vai melhorar... tantas perdas...tanto desperdício. E o seu Tranca Rua falou isso. Que poucos vão até ele para aprender, perguntar. E que essa atitude deveria começar a vir dos mais velhos de casa até os mais novos que chegaram, para que os mais velhos sejam bons exemplos para os que chegam.


     Quase 3 horas de conversa. O silêncio se fez. Ele joga a fumaça do seu charuto para o alto. Dona Cigana, ao lado, traga o que seria o seu último cigarro da noite. Olha para frente, pede um ponto de subida..."quando Exu caminha, alguma coisa ele vai fazer...". Ali já havia sido feito algo. A semente do ensinamento, a forma como devemos nos portar. Cabe a todos seguir o que foi nos foi passado.

Paz e bem a todos!

11.3.10

Filhos de Orixás

Recebi, por esses dias, um texto engraçadíssimo sobre as características dos filhos dos orixás numa situação hipotética. Quando li, comecei a rir porque ao mesmo tempo que é cômico, traz uma semelhança muito próxima da realidade. Ei-lo:

"Para definir bem a influência dos orixás nas pessoas vou contar uma história engraçada: eu explicava para um grupo as influências dos Orixás nas pessoas. Simulei um fato. Duas pessoas brigando. Passando um filho de Ogum, ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga.






      Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar. Coitado do baixinho! Por que será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando.





      Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga.





     Deu a entender ter terminado. Achei sugestiva sua explicação. No entanto, alguém indagou qual seria o comportamento das filhas do povo da água. - Bem  -  disse ele -  uma filha de Iemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz.

 



       Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia.




 
      E parou de citar.
     Alguém ao fundo interpelou: "E uma filha deOxum, que faria?"   "Nada. -  respondeu-  E nem poderia. Os dois estavam brigando por  causa dela..."






      Simplesmente sensacional!

      Paz e bem a todos!

8.3.10

Uma perguntinha...

Estava (re)lendo o tópico sobre desenvolvimento mediúnico, e me veio à mente o seguinte pensamento: você, médium, é um aparelho mediúnico. Basicamente, é um decodificador das mensagens dos espíritos. Se fizéssemos uma comparação com os nossos aparelhos terrenos você seria uma televisão, por exemplo. A mensagem, o som e a imagem chega a todos os aparelhos de forma indistinta para os televisores. A diferença está no tipo de televisão. Então você, médium de Umbanda, é um televisor preto e branco, com poucos recursos, ou um full HD, LCD, Widescreen, Virtual Dolby Surround de alta “tecnologia”?



Não esqueça: o sinal originário é igual para todos. O que diferencia é a televisão.



Cabe a você escoher....


Paz e bem a todos!






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