BLOG DO CUCA

Centro de Umbanda Caminhos de Aruanda (CUCA) localizado na cidade do Rio de Janeiro, na rua eng. Mário de Carvalho, 135- Vicente de Carvalho (próximo ao metrô de Vicente de Carvalho), com sessões (consultas com caboclos pretos velhos) às quartas, a partir das 19:00 horas, e aos sábados, a partir das 18 horas. TODOS OS NOSSOS ATENDIMENTOS SÃO GRATUITOS. O intuito deste blog é trazer informações acerca do CUCA e da Umbanda, mostrando nosso dia-a-dia.

22.9.09

Médiuns na Umbanda

Eu sempre me perguntei, durante o início dos trabalhos na mediunidade, qual seria a minha função dentro da Umbanda. Ou melhor, qual seria a minha postura dentro do terreiro e com as entidades que iriam se apresentar. No início não foi fácil. Quis em algumas situações correr mais que as pernas. Em outras, deslizei nas condutas, que deveriam ter sido mais rigorosas. Mas algo que sempre me preocupou muito foi a vaidade. Sim, pq quando a vaidade entra por uma porta, a mediunidade a serviço do Alto sai pela outra. E só em pensar que a mediunidade que Deus me deu como forma de isntrumento para a minha evolução, pudesse ser usada em meu desfavor, já me dava arrepios. É, antes de tudo, uma tremenda falta de inteligência... onde já se viu perder uma oportunidade dessas!!!!
Sempre tentei me espelhar nos exemplos (bons, é claro!!Lembra-se da inteligência que falei acima?) de como ser médium. E nenhum outro foi tão importante quanto Chico Xavier. A humildade e a simplicidade deste espírito sempre me encantou! É claro que estou anos-luz da sua evolução, mas sempre renovo minhas expectativas com relação a minha mediunidade no exemplo de Chico. E algo que posso garantir com absoluta certeza, é que vaidade não fez morada naquele espírito.
Caso tenham vontade de se enriquecerem espiritualmente com as atitudes desse notável médium, aconselho a lerem o livro de Ramiro Gama intitulado LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER. Ele é um dos meus livros de cabeceira.
Ontem, antes de dormir, abri o livro ao acaso e me surpreendi com uma história linda, dentre tantas, do Chico. Na verdade, representou para mim o que é ser médium de Umbanda. Por isso, resolvi transcrever aqui no blog:


Então, desejo ser o burrinho

O Chico acabava de ver sair à publicidade mais um dos belos e úteis livros psicografados pelas suas mãos abençoadas. E, além de cartas elogiosas ao seu trabalho, recebia pessoalmente em Pedro Leopoldo e em Belo Horizonte, quando lá comparecia, louvores e mais louvores de confrades e irmãos outros simpáticos ao Espirirismo. E cada qual lhe citava um fato que mais lhe agradou, realçando o valor do livro neste e naquele aspecto.
O Chico andava atrapalhado com tantos confetes ... sobre sua pessoa. E, em casa, sossegado dos aplausos, dizia de si para consigo: - vou deixar de psicografar, pois sou um verdadeiro ladrão roubando referências honrosas que não me pertencem. Os abraços, os parabéns, os elogios que recebo cabem aos Espíritos de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio e de outros, que são legitimamemnte os autores dos livros magníficos. Preciso dar um jeito nisto...
Néio Lúcio, que lhe traduzia o pensamento, que lhe verificara o propósito, sorrindo, lhe aparece e diz:
- Não há razão, Chico, para sentir-se você magoado com os elogios. Também os merece.
- Não, Néio Lúcio, sinto-me como um ingrato, ladrão, indigno...
- Bem, Chico, vou contar-lhe uma pequena história: - em um certo município, dois distritos se defrontavam, separados apenas por pequena distância. Um, com a população toda enfermada, sem recurso de espécie alguma. O outro, cheio de vida, víveres, remédios. Apenas faltava um agente intermediário entre os dois. Ninguém queria servir de ligação, realizar o trabalho socorrista. Foi quando, como mandado do céu, apareceu um burrinho humilde, manso, que, com pouco trabalho tornou-se "apiado", obediente, capaz de levar sem ninguém, do distrito rico ao distrito pobre, os recursos de que careciam os irmãos enfermos e sofredores. O burrinho, tendo ao lombo dois jacás, um de cada lado, foi recebendo as dádivas:
Um colocava alimento, outro remédio, mais outro roupas.
Colocavam-no à trilha, e ele, automaticamente, lá ia para o distrito lazarento e faminto.
Em pouco, era esvaziada toda a carga e voltava, como fora, alegre, satisfeito por haver cumprido um serviço salvacionista, abençoado, para repetir, noutras vezes, quando necessário, a mesma tarefa cristã...
E, antes que Néio Lúcio concluísse, o Chico exclamou:
- Está bem, Néio Lúcio, então, como burrinho, aceito o serviço.
E nunca mais se importou com louvores, certo de que agora sabe qual a missão que realiza, entre a terra e o céu, junto à Grande Causa.
Lição de humildade, de conhecimento de si mesmo.
Lição para nós todos ...

Quanta humildade...será que somos conscientes do trabalho realizado e a realizar? Quando soubermos que somos apenas "burrinhos", aprenderemos a dar valor às nossas atitudes e pensamentos. Aí, talvez a vaidade, deixe de se fazer presente em nossos corações.

Paz e bem a todos!

2 Comentários:

Blogger Alexandre disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

sábado, dezembro 15, 2012  
Blogger Alexandre disse...

Bela história essa. O Chico era um exemplo de tarefeiro empenhado no consolo de muitas almas sedentas de apoio e acolhimento. Aproveitando o ensejo que este post deu sugiro aos leitores deste Blog e aos médiuns do CUCA conhecer a vida de um grande tarefeiro que iluminou o mundo com a sua passagem pela Terra, educando e servindo incansavelmente a causa do esclarecimento, refiro-me ao médium e educador espírita Eurípedes Barsanulfo.

Sugestão de leitura:
NOVELINO, Corina. Eurípedes, o homem e a missão. Araras, IDE, 1997.
RIZZINI, Jorge. Eurípedes Barsanulfo o apóstolo da caridade. São Bernardo do Campo: SP. Editora Espírita Correio Fraterno do ABC, 1979.

Estas duas obras são as mais completas, mas existem outras. Deixo a vocês as conclusões a partir da leitura das obras indicadas.

Um grande abraço, energia e paz a todos!
Alexandre Arantes

sábado, dezembro 15, 2012  

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