BLOG DO CUCA

Centro de Umbanda Caminhos de Aruanda (CUCA) localizado na cidade do Rio de Janeiro, na rua eng. Mário de Carvalho, 135- Vicente de Carvalho (próximo ao metrô de Vicente de Carvalho), com sessões (consultas com caboclos pretos velhos) às quartas, a partir das 19:00 horas, e aos sábados, a partir das 18 horas. TODOS OS NOSSOS ATENDIMENTOS SÃO GRATUITOS. O intuito deste blog é trazer informações acerca do CUCA e da Umbanda, mostrando nosso dia-a-dia.

14.7.09

Oportunidades

Estava eu conversando com um amigo sobre alguns temas de Umbanda, e a certa altura, via que ele estava tendo alguns pensamentos um pouco distantes daquilo que vivenciamos no Terreiro. Ele é um estudioso dos temas Umbandistas e conceituava, de forma direta e pragmática, alguns rituais, falanges e formas de trabalho.
Por educação, preferi não interpelar o amigo querido durante a explanação, mas após tudo que ele havia dito, fiz a seguinte pergunta:
- Onde vc conseguiu essas respostas?
- Ora, foi no livro tal, depois fiz uma analogia com os preceitos do candomblé e busquei na Teosofia o "arremate" dos meus questionamentos.
Perguntei:
- Mas por que vc não buscou a resposta de forma mais fácil, e com certeza mais próxima da realidade?
-Onde? - perguntou o amigo com o olhar meio desconfiado.
- Meu irmão, temos na nossa religião o privilégio que nenhuma outra possui com tamanha abundância: a presença direta das entidades! Elas podem nos dar as respostas mais precisas do que qualquer livro.
O companheiro balançou a cabeça afirmativamente, notando que as vezes "andamos léguas" para encontrar uma resposta que está à nossa frente.
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Não devemos de forma nenhuma deixar de buscar o conhecimento que está nos livros. Eles são importantes. Ou melhor, fundamentais para a formação de um umbanidsta, principalmente para o médium. Só que as vezes temos dúvidas sobre a espiritualidae e temos "vergonha" de perguntar a um caboclo ou preto velho. Certa vez escutei de um preto velho o seguinte: "meus filhos querem muito saber se o trabalho vai bem ou se tem alguma demanda em cima deles. Mas ninguém chegou até esse velho para perguntar se o local onde moro é igual a minha senzala enquanto vivo estava".
Ainda temos o habito de olharmos somente para os nossos umbigos. Quantos ensinamentos preciosos deixamos ao lado do terreiro simplesmente porque ainda preferimos perguntar pelas coisas terrenas em vez de evoluirmos com os nossos amigos de todas as horas.
Abraçar a espiritualidade é uma mão dupla de trabalho e aprendizado. Nada mais gostoso do que sentar e escutar, tal qual crianças, as histórias do povo de aruanda.

Abraços a todos!

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